terça-feira, 24 de maio de 2005

65. Instrumento


Meu adorado Mestre,
Eis a foto de que Te falava quando disseste que a escrava é o instrumento do Mestre, com o qual Ele executa as Suas composições :) (Gosto da forma como ela foi imobilizada... muito mais agradável que cordas ou correntes)
É... hoje, senti-me o instrumento que só Tu sabes tocar... um instrumento muito especial, único, que Tu vais afinando continuamente para que o desempenho de ambos evolua sempre, no sentido da perfeição.
Engraçado como eu hoje, quando nos encontrámos, estava calma, serena, sossegadinha... e, de repente, mal me tocaste e começaste a falar-me em surdina... "o monstrinho" (lol achei graça teres-me chamado assim) acordou cheio de força... cheio de fome de Ti!
Entreguei o meu corpo nas Tuas mãos, libertei a minha cabeça e pairei... por aí... ao acaso... sentindo um imenso prazer em todo e qualquer movimento dos nossos corpos e no som da Tua voz. Ainda considerei a hipótese de esforçar-me por manter a minha lucidez, mas preferi deixar-me ir... abandonar-me, consciente de que ia perdendo a minha consciência e me tornava cada vez mais dependente da Tua... como se mergulhasse lentamente numa onda de prazer, onde a dor não existia enquanto dor, mas apenas um estímulo. Quando me senti à beira do orgasmo, foi como se todas as minhas forças estivessem em Ti e a custo emiti num fio de voz a súplica para que me deixasses vir... aqui a memória torna-se mesmo muito difusa! sei que me respondeste sim, que agarraste o meu pescoço, mas não me lembro de mais nada... até estar esgotada, estendida sobre o Teu peito, a saborear o gosto da Tua pele :) e a sentir todo o meu corpo a estremecer. Abraçaste-me e, passado um pouco, perguntaste: "Tiveste um orgasmo?" com um sorriso e o Teu ar de menino malandro no olhar e eu respondi-Te com um daqueles sorrisos de quem "viu o acidente mas não pode testemunhar"... lol
Na "segunda volta", adorei sentir as Tuas unhas na minha pele... pena é que as marcas por elas deixadas sejam tão ténues! Mal se notam :(((
Há sempre tanto para escrever!... mas o tempo não permite grandes aventuras. Começa a fazer-se tarde. Termino por aqui.
Beijos de boa-noite, meu Mestre. Eu amo-Te muuuuito! :))