segunda-feira, 2 de maio de 2005

46. Castigo


Meu adorado Mestre,
O castigo... era inevitável, mas acabou por ser diferente do que eu esperava (aconteça o que acontecer, acabas sempre por me surpreender... e eu adoro isso)
Começaste ontem: depois de eu ter passado o dia todo a desejar masturbar-me (afinal tinha perdido a oportunidade que me tinhas dado no dia anterior...), deste-me as boas-noites sem me mandares ir ao edge :( Essa regra eu cumpro religiosamente: só me toco com a Tua ordem ou permissão. Ainda pensei pedir, mas seria demasiada ousadia de minha parte fazê-lo depois do meu comportamento de Sábado. Senti-me desesperar: nem sequer poder masturbar-me, depois de dias sem orgasmo!! Até me custou adormecer! Sobrevivi... lol
Hoje, estando eu a contar com a cana, Tu tinhas reservado para mim outro castigo... um tipo de dor diferente, mas igualmente intenso, quase insuportável (ainda consigo sentir o ardor na minha pele!): palmadas fortes e repetidas numa das zonas do meu corpo mais sensíveis (pior, só nos pés!)
Depois disso, sexo! :)) Os elogios à minha garganta e ao meu rabinho souberam-me muito bem.
O Teu comentário, no final:"A tua cabeça ainda manda..." deixou-me a pensar. Realmente, o meu corpo e a minha cabeça ainda falam línguas diferentes. Será que algum dia se entenderão? Foram muitos anos a deixar a cabeça comandar todos os gestos do corpo... foi uma meia-vida a ser politicamente correcta... foi um percurso cheio de direitos dos quais nem soube tirar proveito... e a minha cabeça registou tudo, mas o meu corpo não, pois sempre quis outra coisa. E o meu corpo deseja que a minha cabeça aceite que ele não se conforma com o politicamente correcto, que adora sentir o Teu domínio... sempre; que precisa da dor que Tu lhe dás; que tem muito mais prazer quando a cabeça não interfere, com os seus preconceitos... A cabeça lá vai processando as sensações do corpo, mas de vez em quando tem umas recaídas... e ficamos com um corpo, um coração e uma alma submissos encabeçados por uma mentalidade de esquerda! Felizmente as recaídas são cada vez menos frequentes.
Adoro-Te, Mestre!