domingo, 4 de setembro de 2005

125.

Alexander Feodorov

Meu adorado Mestre,
A sensação de que tudo volta à normalidade depois da agitação das férias é muito boa.
Estas duas semanas sem o meu filhote foram difíceis para mim. É certo que tive a oportunidade de praticamente viver conTigo, o que foi muito bom, mas sentia sempre falta dele, da minha casa, da minha rotina diária... e isso a juntar à "toura" deixou-me muito desorientada.
Para além disso, estas últimas semanas foram para mim, enquanto Tua escrava, muito intensas... cheias de altos e baixos. Foi o entusiasmo de há duas semanas quando decidiste, durante a minha viagem para casa dos meus pais, manter sobre mim um controlo mais "visível". Foi o stress de nesse fim-de-semana ter de cumprir as Tuas ordens sempre que me ligavas, deixando de lado a família e tentando não dar muito nas vistas para que não me achassem mais maluca do que eles já me acham ;)) Foi a surpresa de, depois do fim-de-semana, ir ter conTigo esperando mimos e me esperar uma boa sova com a cana (duas semanas passaram e as marcas permanecem!). Foi gritar, espernear, chorar, suplicar,... quebrar! Foi querer saber até que ponto me podes dar prazer através da dor, mas ter perdido a vontade, depois da cena da cana. Foi conversar, argumentar, resistir... até Te pedir que me desses dor. Foi descobrir que tinha estado errada, que tinha alimentado medos infundados, e ficar triste por isso e pelo que perdi por causa dos meu medos, mas contente por ter dado mais um passo em frente :) Foi o cansaço de estar a "viver" a 50Km de casa nestas últimas duas semanas e de ver os meus horários e os meus hábitos alterados... Enfim, foram muitas coisas num curto espaço de tempo... e eu sou lenta a criar hábitos :)
E quando eu suspirava de alívio por ir ter a minha vida de sempre de volta... o meu filhote chega a casa e dá-me um daqueles golpes abaixo do cinto: "Mamã, gosto muito de ti, mas gosto mais do meu pai e gosto mais de estar com ele do que contigo."
Tu é que tinhas razão, Mestre, como sempre tens... Bem me disseste para não me preocupar tanto com eles quando estão juntos: quando o pai não lhe dá atenção, nem as refeições todas, e o mantém em casa em frente à TV em vez de sair e se divertirem juntos, e dorme enquanto o miúdo tem de se entreter sozinho, e armam discussões que eu é que tenho de mediar por via telefónica... Bahhh! Tenho sido uma parva por me preocupar com o meu filho quando está entregue ao idiota do pai dele, pois apesar disso o miúdo gosta mais dele do que de mim :(((
Bem, Mestre, vou ficar por aqui, pois estou mesmo triste. Gostava de saber o que estou a fazer mal... ou bem demais!?!?
Beijos de boa noite, Mestre. Eu adoro-Te! Sinto mesmo falta de mimos Teus hoje :(
P.S.- É... acho que imponho a minha presença e o meu Amor àqueles que amo e isso incomoda-os.