terça-feira, 7 de junho de 2005

74. Identidade


Mestre,
Por vezes, a minha identidade torna-se, a meu ver, tão difusa e retalhada quanto a imagem que hoje escolhi.
Quando nos conhecemos eu era muito diferente daquela que sou hoje. Mas penso: tornei-me menos Eu, ou precisamente, mais Eu? No início, falaste que ao longo da nossa relação íriamos assimilar-nos e eu, na altura, não vi o alcance das Tuas palavras, mas agora sei o que dizias.
Por vezes, dou comigo a interrogar-me onde acabo eu, onde começas Tu? Surgem as perguntas clássicas: Quem sou? De onde venho? Para onde vou? E a resposta nunca é a mesma...
Tenho aprendido muito conTigo, tenho vindo a descobrir-me cada vez mais como uma obra que Tu vais construindo; tenho mudado o meu modo de ver certas coisas, mudando assim também o meu modo de pensar...
Por vezes, chego mesmo a ver-me muito parecida conTigo e isso deixa-me apreensiva... Será possível essa assimilação chegar ao ponto de eu querer dominar? Credo!! A ideia arrepia-me. Não vais deixar que isso aconteça comigo, pois não, Mestre?!
Eu adoro-Te! Beijos.