quarta-feira, 4 de maio de 2005

48. Dor


Mestre,
Hoje fiquei agradavelmente surpreendida comigo :))
Antes não conseguia levar uma palmadita sem gemer; hoje, deste-me umas palmadas no rabo logo para começar o dia e eu não emiti um único som.
Mas à tarde... é que fiquei mesmo admirada: as molas doeram tão pouco comparando com outras ocasiões!! :) Quando mas mostraste, pareceram-me piores que as de madeira e pensei que não iria suportar a dor, mas afinal, antes de as usares na minha língua ;)), só doeu muito quando as puxaste e, mesmo assim, não foi insuportável...
Acho que começo a chegar ao ponto que Tu falas: "aceitar a dor".
As molas na língua, foi muito difícil de aguentar... e nem sequer conseguia transmitir-Te o quanto me estava a custar, pois não conseguia falar. Tu rias da quase inundação provocada pela minha baba; eu não consigo ainda distinguir a sensação mais forte para mim: dor, humilhação, impotência...? Talvez nenhuma delas em particular, mas a junção de todas numa única sensação.
Quando senti lágrimas nos meus olhos foi um grande alívio, porque pensei que Tu, sabendo que eu não choro facilmente, verias que eu não estava a aguentar tão bem como parecia. Assim foi: tiraste as molas e, melhor do que o abrandar da dor, foi poder falar de novo! :)
Depois, ficou aquela dorzinha boa do costume... e um outro tipo de "inundação" lol
Da maneira que Tu me tratas, Mestre, o meu maior cuidado comigo tem de ser o da hidratação ;))))
Beijos, Mestre. Até amanhã.